terça-feira, 9 de agosto de 2011

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Dormir.
Eu queria ter dormido uma noite de sono completa e agradável, daquelas que quando é de manhã você tem vontade de fazer milhões de coisas ao passar do dia.
E noites assim eu não tinha fazia tempo, aquelas que você acorda como uma criança no meio da noite desesperada e cheia de medo e a única coisa que você procura é alguém que te dê proteção.
Nesta madrugada não havia ninguém para me passar isso e me passou como um lapso de loucura ir nem que fosse a pé ao encontro dos meus pais. É infantil? É. Mas era a única coisa que me passava pela cabeça. Mas animal racional que sou me lembrei que demoraria horas até chegar lá e que tenho responsabilidades por aqui.
E não é saudade que me deixou assim, mas é o medo mesmo. Medo de sei lá o que. Que não sei explicar, só sei sentir.
Tive pesadelos horríveis.
E o pior foi com o Daniel, eu pedia pelo amor de Deus pra ele ir embora e ele insistia em ficar e acorrentar a minha alma para uma tristeza sem fim em um período no qual parecia uma eternidade.
Ele se transformou sem duvida no bicho papão, materializado, com todas as coisas que repudio.
E no sonho por mais que eu esperneasse, pedisse ou explicasse ele insistia em ficar alí me assombrando.
Penso que é exatamente esta palavra que o define, assombrador.
E neste momento de aflição eu só pensava em achar meus pais, o Elder ou a minha gata.
Chego a estar com uma certa melancolia na alma, daquelas que tem direito a música que a inspira, não deixando ela ir embora, dando o nó em seu peito.
E nesse momento as palavras deixam de fazer sentido.
E os pensamentos também.

Ensaio ao fundo da Orquestra Sinfónica de Barra Mansa.

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